Uma estátua de Buda, com idade estimada de mil anos, revelou ter um monge mumificado em seu interior. Pesquisadores do Museu Drents, na Holanda, fizeram a descoberta no ano passado - e agora endoscopias mostraram que os órgãos vitais da múmia foram substituídos por papéis cobertos com palavras em Chinês.
Acredita-se que o monge budista seja um mestre conhecido como 'Liquian', da Escola Chinesa de Meditação. Muitos desses monges não são considerados mortos, mas sim 'em estado de meditação'. 24 casos como esse já foram descobertos, o mais recente no mês passado, quando um corpo de 200 anos foi encontrado na posição de lótus.
Os monges tentam se 'auto-mumificar' fazendo uma dieta de mil dias apenas de nozes, sementes e frutas, enquanto se exercitam intensamente para livrar seus corpos de toda a gordura. Depois desses primeiros mil dias, os monges passam por uma dieta de raízes e chás tóxicos, que tem o objetivo de preservar o corpo e expelir parasitas.
Depois dessas fases completas (elas duram cinco anos e meio), o monge é trancado na posição de lótus em uma tumba de pedra, com um pequeno tubo pelo qual respirar. Eles sinalizariam que estão vivos tocando um sino.
Assim que o sino para de tocar, outros mil dias são tocados e a tumba é aberta para que outros monges verifiquem se o corpo está mumificado. Se sim, considera-se que o monge atingiu um estado de graça suprema e é colocado em exposição em templos.
A múmia será exibida no Museu Húngaro de História Natural a partir de maio.
Fonte: Galileu