O complexo de pedras pré-históricas circulares de Stonehenge, na Inglaterra, era cercado por 17 monumentos, revela uma análise subterrânea do local, cujos resultados foram divulgados nesta quarta-feira pelos arqueólogos.
Stonehenge, localizado na planície de Salisbury, no sudoeste da Inglaterra, é um dos mais famosos monumentos pré-históricos do mundo. Mas, até então, acreditava-se que não havia nada mais do que é visto ainda hoje.
Uma varredura por meio de um escâner de alta resolução dos 12 quilômetros quadrados ao redor do grupo de pedras revelou os demais monumentos, agora subterrâneos.
"Stonehenge é o monumento arqueológico mais emblemático do mundo, possivelmente ao lado das pirâmides egípcias", declarou o professor Vincent Gaffney, diretor do projeto, durante o Festival Britânico de Ciência em Birmingham (centro da Inglaterra).
"A maior parte da área em torno de Stonehenge é terra incógnita. Nunca havia sido explorada e tudo o que pensávamos sobre Stonehenge baseia-se no que sabemos [do lugar]. Isso vai mudar a forma como o vemos. Não foi uma descoberta a mais sobre Stonehenge, é um passo fundamental na forma como nós o entendemos".
Os cientistas precisaram de quatro anos e a ajuda de magnetômetros, (detectores de metais avançados), radares capazes de penetrar no subsolo, sensores eletromagnéticos e escâneres a laser tridimensionais.
Teriam 6.000 anos, os monumentos descobertos. Incluindo as estruturas acima do solo, bem como dezenas de sepulturas.
Todas as indicações são de que o complexo seria palco de rituais fúnebres complexos, incluindo a amputação de membros e de carne.
Fonte: Band