Os cientistas esperam obter até o fim do ano os primeiros gramas de um medicamento a ser inserido direta e exclusivamente nas células cancerosas, revelou à agência Itar-Tass um dos dirigentes do respectivo projeto, Valeri Fokin.
O investigador afirmou que este será um importante passo rumo à realização do sonho de muitas gerações de médicos, isto é, terapia seletiva que elimina as células doentes sem afetar as células sadias.
Os trabalhos são realizados em dois locais – no Instituto Físico-Técnico de Moscou, que tem desenvolvido ativamente nos últimos anos as ciências biológicas, e no Instituto Scripps, situado em San Diego, estado de Califórnia.
Foi resolvido iniciar as pesquisas com as doenças malignas do sangue, em que o papel de células cancerosas é desempenhado por glóbulos sanguíneos brancos, os leucócitos, incluindo as células “B”, que absorvem certas espécies de polissacarídeos.
De acordo com os autores do projeto, proximamente o tratamento do câncer terá o seguinte aspecto: “glóbulos” de polissacarídeos e do medicamento são introduzidos no sangue, os leucócitos reconhecem-nos, enquanto que as demais células sanguíneas “encaram-nos” com indiferença.
Este tratamento será muito mais humano do que a quimioterapia moderna que afeta todas as espécies de células. Uma vez que as células cancerosas são muito mais “ávidas”, elas absorvem mais substâncias (neste caso, o medicamento) e morrem. Espera-se que os testes do novo preparado nos homens sejam iniciados no próximo ano.
Fonte: Voz da Rússia