domingo, 14 de junho de 2015

O bizarro apedrejamento de Soraya Manutchehri

Única imagem conhecida de Soraya, quando ainda era uma pré-adoslescente

Soraya Manutchehri  foi executada em 15 de agosto de 1986, no vilarejo de Kupayeh, Irã, aos 35 anos de idade. Mãe de nove filhos, Soraya foi acusada de adultério e sentenciada ao apedrejamento. Já não bastasse a cruel e terrível forma de morrer, ela ainda foi vítima de uma falsa denúncia e de uma conspiração que envolveu as autoridades locais em pró de seu marido Ghorban-Ali, com quem era casada há 22 anos.

Ali basicamente queria se livrar da mulher para se casar com uma jovem de 14 anos. Não querendo dar sustento a duas famílias nem devolver o dote de Soraya, ele decidiu espalhar falsos rumores de seu adultério.

Antes de ser acusada, a iraniana recusou a oferta de divórcio oferecida pelo marido, porque considerava que ele não conseguiria alimentar as duas filhas mais novas com o dinheiro que ele lhe daria, sendo vítima de abusos diários do marido como espancamentos regulares e insultos verbais.

Seu sofrimento teria sido esquecido ou sequer conhecido se não fosse pelos esforços de sua tia Zahra Khanum e do jornalista franco-iraniano Freidoune Sahebjam que havia viajado ao Irã para levantar o impacto da Revolução Islâmica, liderada pelos aiatolás, em 1979. Foi durante esse período que Freidoune conheceu Zahra que lhe narrou a história de Soraya.

Ele escreveu um livro que foi adaptado para o cinema no filme O Apedrejamento de Soraya M. dirigido pelo diretor americano de origem iraniana Cyrus Nowrasteh.

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Lei n.º 9.610/98.
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