Plutão sempre surpreende. Cientistas descobriram que o planeta anão é maior do que se previa, à medida que a espaçonave New Horizons, da Nasa, se aproxima para um voo rente na terça-feira, após uma jornada de quase uma década.
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A sonda, que funciona com energia nuclear, estava em posição para passar no centro de uma zona-alvo de 97 a 145 quilômetros entre as órbitas de Plutão e sua lua principal, Charon, na manhã de terça-feira, disseram gerentes do controle da missão New Horizons, no Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, nos arredores de Baltimore.
Após uma jornada de quase 5 bilhões de quilômetros, traçar essa trajetória é como um jogador de golfe em Nova York acertar com uma tacada um buraco em Los Angels, disse o gerente do projeto, Glen Fountain, a repórteres.
Durante a passagem por Plutão e suas cinco luas, que deve durar 30 minutos, a New Horizons realizará uma série cuidadosamente coreografada de manobras para posicionar suas câmeras e instrumentos para centenas de observações.
Cientistas já descobriram que Plutão, antes considerado o nono e mais distante planeta do Sistema Solar, é maior do que se pensava, com um diâmetro de cerca de 2.370 quilômetros, cerca de 80 quilômetros a mais do que previsões anteriores.
Plutão agora é oficialmente maior do que Eris, um dos centenas de milhares de miniplanetas e objetos parecidos com cometas que circulam a região além de Netuno chamada de Cinturão de Kuiper. A descoberta desta região, em 1992, levou a uma reclassificação oficial de Plutão, que passou a ser chamado de "planeta anão".
E tamanho é documento, mesmo para planetas anões. Ser um pouco maior significa que Plutão consiste significativamente de mais gelo e um pouco menos de água do que o previsto, um detalhe importante para cientistas determinarem a história de como ele e o resto do Sistema Solar foram formados.
"O sistema de Plutão é um remanescente fóssil das origens de nosso Sistema Solar", disse o cientista-chefe da Nasa, John Grunsfeld. "Vamos aprender mais sobre isso."
Fonte: G1