segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Feto morto permanece há 44 anos na barriga de idosa no Tocantins


Um feto permanece há 44 anos na barriga de uma moradora de Natividade, cidade a 229 quilômetros de Palmas, no Tocantins.

O diagnóstico aconteceu após a mulher de 84 anos procurar uma unidade de saúde do município com dores no estômago.

Por um raio-X , os médicos visualizaram a coluna, braços e pernas do feto. Partes do corpo apareceram com borrões, o que significa que um processo de calcificação já teria se iniciado.

Com a constatação, a mulher, que pediu para não ser identificada pela equipe médica, foi encaminhada para o Hospital Regional em Porto Nacional, onde realizou uma bateria de exames.

Segundo a ginecologista Gesneria Saraiva, a gestação aconteceu fora do útero e, quando houve a morte do feto, o organismo se adaptou ao corpo estranho. Por isso, a mulher passou tantos anos sem sentir nada.

Em relato à médica, a paciente contou que engravidou há 44 anos e achou que tinha abortado depois que tomou remédios sugeridos por um curandeiro.

Ela contou que, na época, estava sentido dores na barriga e, após tomar os produtos receitados, não sentiu mais nada e a barriga parou de crescer.

Desejo

A retirada do feto ainda não foi definida pela equipe médica, que esbarra na vontade da paciente. A médica conta que a mulher apresentou o desejo de continuar com o bebê na barriga.

Gesneria conta que a permanência do feto pode gerar problemas de saúde, apesar de o organismo ter criado certa adaptação ao corpo estranho.

Ela diz que as náuseas e dores sentidas pela paciente são sinais de que pode haver reações adversas e até complicações de outros órgãos, como o intestino.

Um caso similar ao da idosa de Tocantins aconteceu na China, no ano passado, quando uma mulher de 92 anos deu à luz a um bebê calcificado. O feto teria ficado na barriga da chinesa por 60 anos.

Fonte: BOL
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