“A Madonna com São Giovannino” pintada por Domenico Ghirlandaio, no século 15 (Wikimedia Commons) |
“A Anunciação” de Carlo Crivelli, 1486 (Wikimedia Commons) |
“Adoração da Criança Cristã” pintada por Vincenzo Foppa, no século 15 (Wikimedia Commons) |
Partes da pintura “A Crucificação”, do século 14, por Alexandar Paunovitch |
A xilogravura de Han Glaser do século 15, retratando uma cena em Nuremberg, Alemanha (Wikimedia Commons) |
Nos períodos da Idade Média e do Renascimento, a civilização ocidental criou alguns dos trabalhos mais icônicos e importantes da história escrita. Os trabalhos se tornaram mais impressionantes com o passar dos anos, à medida que os artistas tornavam as técnicas e habilidades mais refinadas, ensinando-as aos seus aprendizes. Mesmo nos dias atuais, artistas e visitantes de museus visualizam estas obras em busca de inspiração e apreciação.
Mas, existe a possibilidade destas pinturas, que possuem tamanha importância para a história da civilização ocidental, conterem algo de outro mundo, que permeia a cultura popular dos povos modernos, como discos voadores e outros objetos voadores não identificados (OVNIs)?
A maioria das pinturas renascentistas são dotadas de caráter religioso, o que era muito comum na época. Em muitas delas, discos voadores, OVNIs, raios laser e homens voando em aviões, aparecem observando os eventos religiosos, como o nascimento de Jesus, ou sua crucificação.
Um dos exemplos mais referidos e icônicos é o da “Madonna com São Giovannino”, pintada por Domenico Ghirlandaio no século 15 (veja a imagem acima), que atualmente se encontra no Museu do Palazzo Vecchio em Florença, Itália.
A pintura demonstra Santa Maria e o bebê Jesus, mas no cenário ao fundo, um homem olha para o céu sob o crepúsculo, acompanhado de seu cachorro. Ambos parecem estar olhando para um objeto no céu, muito parecido com uma representação moderna de um disco voador, que emana uma radiante energia dourada.
Existem muitas representações de aparições de objetos voadores não identificados invadindo as pinturas religiosas desta era, como “A Anunciação” de Carlo Crivelli (1486), atualmente em exibição na National Gallery de Londres. Esta pintura descreve um objeto circular do qual emana um feixe estreito de energia radiante para baixo sobre Santa Maria.
Estudiosos que acreditam que estes objetos estariam descrevendo os OVNIs vistos na Idade Média, afirmam que as pessoas da época podem ter confundido uma aeronave alienígena com algum evento religioso.
Isto pode explicar a incorporação destes objetos em cenas religiosas significantes. Outros dizem que os objetos representados são simplesmente a espiritualidade em sua origem e não possuem nenhuma ligação com os objetos voadores.
Eles chamam atenção para outras pinturas representando personagens e cenários similares somente com anjos e figuras religiosas. As referidas pinturas incluem a “Adoração da Criança Cristã”, do século 15, de Vincenzo Foppa.
A pintura é muito similar a “A Madonna com São Giovannino”, incluindo a figura de um observador encarando o céu. O objeto que este observador olha não é um OVNI, mas sim um anjo alado emanando luz.
A “Crucificação”, pintura do século 14, no monastério Visoki Decani em Kosovo, inclui figuras humanas dentro do que se pode chamar de naves espaciais.
Os céticos citam a personificação frequente do Sol e da Lua em pinturas da época, os quais foram mostrados frequentemente como observadores durante o nascimento de Jesus, por exemplo. Assim, neste quadro, alguns dizem que os objetos são simplesmente o Sol e a Lua, e as figuras humanas no interior são sua personificação.
Algumas representações do fim da Idade Média mostram estranhos objetos celestiais em pinturas e arte não relacionadas à religião.
A xilogravura feita pelo artista Han Glaser retrata um evento em 14 de abril de 1561, em Nuremberg, Alemanha, durante o qual vários objetos celestes em movimento caem do céu deixando traços de fumaça, e que são aparentemente testemunhados por duas pessoas. Uma moeda de jeton francesa produzida em meados de 1680, também retrata um objeto assemelhado a uma roda no céu, lembrando um disco voador.
Os argumentos de ambas as partes são justificáveis. Talvez, em cerca de 100 anos, quando as pessoas olharem nossos filmes e tentarem entender os objetos contidos neles do ponto de vista delas, também terão dificuldade parecida para entendê-los.
Fonte: Epoch Times