A China ampliará a presença na Antártida com a construção de uma quarta base de pesquisa, e está à procura de um local para a quinta, disse um jornal estatal nesta quinta-feira, num momento em que o país intensifica os esforços científicos em lugares remotos. Os esforços chineses incluem o lançamento de veículos submarinos para explorar o leito oceânico e o pouso, na semana passada, de uma sonda na Lua.
Segundo o Diário da China, operários irão construir um acampamento para ser ocupado durante o verão, chamado de Taishan, além de procurarem o local para uma instalação adicional.
Qu Tanzhou, diretor da Administração Ártica e Antártica Chinesa, disse que o país "chegou tarde à pesquisa científica antártica, (mas) está alcançando" os rivais. A China já mantêm três estações de pesquisa na Antártida: Grande Muralha, Zhongshan e Kunlun.
"A construção do acampamento de Taishan e a inspeção de locais para a (outra) estação pode garantir adicionalmente que cientistas chineses realizem pesquisas científicas sobre uma gama maior e de forma mais segura", disse Qu.
O acampamento de Taishan será usado no verão austral, entre dezembro e março, fornecendo apoio logístico e permitindo estudos de geologia, glaciares, geomagnetismo e atmosfera, segundo o jornal.
Os cientistas também se dedicarão a estudar as mudanças climáticas, acrescentou o jornal. A base de Taishan ficará perto de estações dos EUA, da Itália e da Coreia do Sul, esta recém-inaugurada. "Ao mesmo tempo em que a nação está ampliando sua presença na Antártida, está reforçando também sua capacidade científica, com um novo quebra-gelo a ser fabricado e um avião de asa fixa a ser trazido para futuras expedições polares", acrescentou o jornal.
Ao contrário de outros países --como Grã-Bretanha, Noruega, Austrália, Chile e Argentina--, a China não reivindica território antártico, mas está reforçando sua presença no continente gelado, e em junho o presidente Xi Jinping disse que a exploração polar é um passo importante a ser desenvolvido.
Fonte: Terra