sábado, 2 de novembro de 2013

5 assustadoras tradições

Passado o Halloween - um momento que celebra a crença de que fantasmas e duendes passam a viver entre os vivos, quando a barreira entre os vivos e os mortos se torna permeável - é interessante conhecer outras tradições associadas a essa temática em todo o mundo.

De facto, e apesar do Halloween e das suas tradições terem atingido uma abrangência global, quase todas as culturas tem as suas crenças de espíritos caseiros e de sustos.

Desde demónios famintos de carne que aterrorizam a cultura nativa americana até ás criaturas bizarras formadas a partir de barro na tradição judaica, conheça cinco tradições assustadoras de todo o mundo.

1. Noite de Halloween

A noite de Halloween ocorre nos países ocidentais ao redor do mundo a 31 de outubro A tradição está ligada ao feriado cristão do dia 1 de novembro, o Dia de Todos os Santos, em que as pessoas rezam pelas almas dos entes queridos falecidos. Mas muitos acreditam que as raízes do feriado vêm de festivais de colheita celtas, principalmente Samhain, que marcava o início do Ano Novo celta.

Durante Samhain as pessoas acreditavam que a barreira entre o mundo espiritual e o mundo normal ficava especialmente fina, permitindo que as fadas e outros espíritos causassem estragos na agricultura e pecuária se não lhes fossem feitas ofertas e guloseimas. Também se acreditavam que as almas dos parentes mortos visitavam as suas antigas casas, sendo que nesse dia teriam um lugar definido por eles na mesa de jantar .

2. Fantasmas famintos

Na cultura tradicional chinesa, o sétimo mês do calendário chinês é o mês Santo, um momento em que espíritos e fantasmas surgem dos reinos inferiores. No 15º dia do mês (este ano, ocorreu em agosto), os mortos supostamente visitam os vivos. Os espíritos perambulando pelas ruas dizem ter sido negligenciados pelos seus parentes e, portanto, têm pescoços finos como agulhas, devido à fome.

Porque as portas do céu e do inferno estão abertas, como diz a lenda, os parentes vivos realizam rituais budistas ou taoístas para afastar o sofrimento dos mortos. Em países como Hong Kong e Taiwan, os moradores fazem papel colorido em forma de dragões com incenso, queimam moedas falsas e oferecem vários produtos de papel aos seus antepassados.

3. Festival Kite

Em toda a América Central, as famílias reúnem-se nos cemitérios no dia 31 de outubro e 1 de novembro para honrar os mortos. Mas, em Sumpango, na Guatemala, as pessoas também criam elaboradas pipas gigantes de papel ou bambu, algumas com 6 metros de diâmetro. No Dia de Todos os Santos, as pessoas vão a uma enorme colina com vista para o maior cemitério da cidade e soltam as pipas. As pipas são, então, rasgadas em pedaços por ventos fortes, simbolizando o ciclo da vida e da morte.

4. Espíritos canibais

Na cultura dos nativos americanos, o canibalismo foi associado ao convidar espíritos malévolos para o seu corpo. Tribos de língua Algonquin temiam o chamado Wendigo, uma criatura demoníaca que pode tomar a posse do corpo de alguém. Acreditava-se que os Wendigos perseguiam durante o inverno e os tempos de fome. As pessoas podiam essencialmente convidar o Wendigo a entrar neles por participarem de canibalismo, ou os espíritos malignos podiam entrar nos seus corpos durante um sonho.

5. Monstro de barro

Na tradição judaica, os seres humanos podem invocar um monstro tipo Frankenstein, chamado Golem, formando um corpo a partir da terra e, em seguida, caminhando ao redor dele enquanto ambos recitam as letras que formam o nome secreto de Deus ou escrevem as letras hebraicas da verdade na sua testa.

Segundo a tradição judaica, Adão, o primeiro ser humano, era um Golem, sem alma, durante as primeiras horas da sua existência. Para destruir o Golem, o criador teria que andar para trás e recitar as letras do nome de Deus ao contrário, ou apagar as letras da sua testa. Em algumas lendas, os judeus em Praga do século 16 criaram um Golem para combater os ataques anti-semitas.


Fonte: Ciência Online
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