Pesquisadores do Instituto Smithsonian de Pesquisas Tropicais, da Universidade Autônoma de Chiriquí, no Panamá, e da Universidade de Los Andes, na Colômbia, descobriram uma nova espécie de rã, "venenosa e de cor laranja fluorescente", em Donoso, na província de Colón, ao norte do Panamá.
O Instituto Smithsonian informou na sexta-feira em seu boletim mensal que seu doutorando Andrew Crawford, professor da Universidade de los Andes, sequenciou o DNA de uma rã recolhida em 2011 na cabeceira do Rio Caño, no distrito de Donoso, confirmando que se trata de uma nova espécie.
O DNA provou que se trata de uma nova espécie de "Andinobates", por isso o novo tipo de rã foi nomeada de "Andinobates geminisae" em homenagem a Geminis Vargas, "a amada esposa de Marcos Ponce (coautor), por seu incondicional apoio em seus estudos de herpetologia (ramo da zoologia dedicado ao estudo dos répteis e anfíbios) do Panamá."
Outras mostras adicionais foram coletadas entre o Rio Coclé del Norte e o Rio Belén pelos biólogos Marcos Ponce e Abel Batista, que eram estudantes da Universidade Autônoma de Chiriquí.
As espécies foram colocadas no Museu de Vertebrados da Universidade do Panamá, no Museu Herpetológico de Chiriquí na Universidade Autônoma de Chiriquí e no Círculo Herpetológico do Panamá.
"Sabíamos que elas estavam ali há vários anos. No entanto, não tínhamos certeza se era apenas uma variação de outra espécie de rã, a Oophaga pumilio, que exibe grande variação de cores. Com base nas características morfológicas dos adultos e dos girinos, pensei que poderia ser uma nova espécie de Andinobates", disse o herpetólogo do Smithsonian, César Jaramillo.
A informação genética desta nova espécie está disponível no International Barcode of Life (iBOL) e no GenBank. Uma das características dela é seu peculiar coachar, ou chamado, que pode ser apreciado em uma gravação disponível no site 'amphibiaweb.org'.
Os autores da descoberta recomendam uma conservação especial que garanta sua sobrevivência já que esta nova espécie de rã "parece ser encontrada apenas em uma área muito pequena".
"A perda de habitat e a coleta para o comércio de animais de estimação são as principais ameaças à sua existência", informou o boletim do Smithsonian.
Fonte: UOL