sexta-feira, 20 de junho de 2014

Ministério Público tenta na Justiça garantir parada em jogos da Copa nos dias de calor


O Ministério Público do Trabalho entrou com ação para tentar obrigar a Fifa a paralisar jogos da Copa do Mundo para a hidratação dos jogadores quando a temperatura superar 30ºC. O caso será julgado pela 1ª Vara do Trabalho de Brasília na próxima sexta-feira (20), às 11h. A eventual decisão valerá para as 12 cidades-sede onde são realizados jogos do Mundial.

O MP pediu que seja concedida uma decisão provisória para que a Fifa seja obrigada a conceder as chamadas "paradas técnicas" durante o jogo. A solicitação é para que, além do intervalo tradicional entre os dois tempos, aconteça uma pausa de três minutos por volta dos 30 minutos de cada tempo. O órgão pede multa de R$ 200 mil por jogo em caso de descumprimento.

A Fifa informou que a distribuição dos horários dos jogos levou em consideração a temperatura do local. Manaus, Cuiabá e Fortaleza, com as maiores médias entre as cidades-sede, não têm jogo às 13h, disse. A entidade afirmou que possíveis pausas para hidratação são avaliadas durante todas as partidas da Copa.

“O critério principal para a equipe médica é baseado no Wet Bulb Globe Temperature [WBGT]. Caso o WBGT ultrapasse os 32 graus [também levando em consideração fatores adicionais como a presença de nuvens, humidade, velocidade do vento, sensação térmica e localização do estádio], o oficial médico poderá recomendar intervalos de hidratação ao coordenador geral da Fifa e ao comissário da partida. A implementação e o controle dessa pausa fica por conta do árbitro”, informou a Fifa.

Em nota, o MP lembra que no jogo entre Itália e Inglaterra, em Manaus, no último sábado (14), atletas das duas equipes reclamaram do desgaste físico e da falta de paradas técnicas. O árbitro fez uma pausa no primeiro tempo, logo após o gol de empate dos ingleses. Na ocasião, o fisioterapeuta da seleção britânica acabou se contundindo na comemoração.

Segundo o MPT, o objetivo da ação é "preservar a saúde dos atletas". O MP alega que realizou diversas audiências com representantes da Fifa e da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) e emitiu oito recomendações para assegurar o bem estar dos jogadores. A Fifa, conforme o órgão, se recusou a cumprir a recomendação.

Fonte: G1
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