quinta-feira, 23 de abril de 2015

Enterrado no tempo, o Grande Muro do Texas pode mudar a história


Oopart (artefato fora de lugar) é um termo utilizado para dezenas de objetos pré-históricos encontrados em vários lugares ao redor do mundo, que parecem mostrar um nível de avanço tecnológico incongruente com a época em que foram feitos. Esses artefatos que não apresentam conclusões concretas acabam por frustrar, em alguns casos, cientistas convencionais. No entanto, são adorados por investigadores aventureiros, abertos a teorias alternativas, e claro, geram debates.

Geralmente, quando alguém pensa em “Grande Muro”, instantaneamente, a China vem à mente. No entanto, o Texas possui seu próprio “Grande Muro”, com aproximadamente 4.8 mil metros de largura por 8 mil metros de comprimento.

Seu comprimento é pequeno quando comparado ao da Grande Muralha da China. Entretanto, restando pelo menos 12 metros de altura, foi uma façanha e tanto para quem quer que o tenha construído – se, de fato, foi feito pelo homem.

Descoberto em 1852 por três fazendeiros que estavam cavando um poço, o Grande Muro do Texas recebeu pouca atenção, ao longo dos anos, das comunidades científica e arqueológica. O arquiteto de Harvard John Lindsey e o geólogo James Shelton estiveram entre os cientistas chamados para as investigações adicionais nas anomalias dessa estrutura.

Se foi feito pelo homem (ao invés de uma formação natural), poderia requerer uma reavaliação da história. A tribo nativo-americana próxima, Caddo, não tem o histórico de construir essas estruturas, e também é dito comumente que eles eram incapazes de construir um muro daquele.

“Depois de compilar relatórios passados, dados e documentos, incluindo estudos e pesquisas recentes, evidências de uma estrutura pré-histórica construída pelo homem são abundantes”, disse o arquiteto John Lindsey em 1996, de acordo com a Fundação Histórica do Município de Rockwall.

Desde que foi descoberto, porções do muro foram escavadas e ele aparenta formar um retângulo abarcando em torno de 3.2 mil metros quadrados de terra. A cidade próxima, Rockwall (Muro de Pedra), Texas, e o município, foram assim chamados devido ao impressionante muro.

Alguns geólogos afirmaram que era uma formação natural. Entretanto, Shelton e Lindsey notaram elementos que parecem ser de design arquitetônico, incluindo um arco, pilares, áreas que devem ter sido reparadas em algum momento e até um pedaço de uma pedra com escrita antiga nela.

Em 2013, o geólogo forense Scott Wolter analisou a formação junto com o Dr. John Geissman, da Universidade do Texas, em Dallas, como parte de um documentário do History Channel. Ele nunca havia visto algo assim.

Após alguma investigação, entretanto, ele pensou em uma maneira na qual o muro poderia ter sido formado naturalmente, como explicado em seu blog: “A formação geológica que resulta em areia líquida, nas profundezas, emergindo pelas fraturas no barro extremamente endurecido é, no mínimo, única.

A areia foi eventualmente endurecida pela calcita, se tornando uma pedra densa e dura. O que é verdadeiramente impressionante é como as fraturas que formaram, dentro delas, pedras de areia do ‘muro’ fizeram com que elas se parecessem exatamente com blocos de pedra em um muro de alvenaria”.

O Dr. Geissman testou as pedras e descobriu que todas foram magnetizadas da mesma maneira, o que mostra que foram formadas onde estão e não foram movidas de qualquer lugar para aquele local. Mas alguns não foram convencidos por esse teste de um único programa de televisão, e pediram por mais estudos.

E sobre a escrita no muro?

Shelton também construiu um caso geológico para a ocorrência natural do muro, mas ele não pôde descartar algumas características.

Ele escreveu em uma dissertação intitulada Um Pleito Espontâneo para Auxiliar na Reavaliação de Rockwall Co., Texas – Anomalia de Rockwall (An Unsolicited Plea for Assistance in Reevaluation of the Rockwall Co., Texas – Rockwall Anomaly): “O sistema de dique de Rockwall há muito é conhecido por sua semelhança a uma construção que se opõe a maioria dos diques de areia, que não expõem junções escalonadas de pedras de alvenaria. Vários portais com dintel e arcos finalizados com pedras primavera em forma de arco foram documentados ao longo do muro”.

“Muitas aberturas são, de fato, quadradas e se assemelham a janelas ou condutores de água. Um dintel que foi escavado e trazido de um poço de água em 1949 tinha nele o que aparentava ser uma escrita antiga que é esboçada em uma linha reta através da pedra. O que é mais interessante é que um objeto parecido com uma moeda de cobre (…) encontrado em perfurações de um poço de água em 1870 em Illinois, a uma profundidade de 38 metros, tinha dois retratos humanos e exatamente a mesma escrita entalhada ao redor da borda do objeto”.

Esses objetos de cobre, agora no Smithsonian, datam de 200 mil a 400 mil anos atrás de acordo com a sobreposição, disse Shelton.

Quando o muro foi descoberto, foi dito que parte dele delineava uma passagem que levava a uma câmara de catacumba subterrânea, agora debaixo da praça da cidade. Em 2.000, quando Shelton escreveu sua dissertação, Lindsey estava negociando com o dono da propriedade para explorar esse achado, o qual não tinha sido visto desde a virada do século.

O local foi, primeiramente, descoberto pelos fazendeiros e colonos Benjamin Boydstun, Terry Utley Wade e William Clay Stevenson, de acordo com a Fundação Histórica do município. O grande muro foi atingido por Wade, enquanto escavava um poço em sua propriedade, próxima ao limite oeste da atual cidade.

A neta de Wade, Mary Pattie (Wade) Gibson recordou de uma história relacionada à escavação do muro feita por dois homens que descobriram corredores e passagens. Um dos corredores levava para a câmara mencionada anteriormente.

Outra moradora de Rockwall, que se lembrou das antigas escavações do muro, foi a filha do Sr. Deweese, um dos colonos da cidade de Rockwall.

Ela se lembrou de uma entrada com pedras em diagonal que foi descoberta na residência dos Wade. A entrada de pedra ficou aberta ao público de 1936 até o fim da década de 40. Entretanto, a área foi soterrada novamente devido ao receio de falhas estruturais e condições de risco.


Fonte: Epoch Times
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