segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Pirâmide subaquática nos Açores, afinal não existe

Segundo dados de alta resolução do fundo do mar, recolhidos pelo Instituto Hidrográfico, não existe nenhuma elevação especial na zona onde foi reportada a estrutura com 60 metros de altura.

No passado mês de setembro, um pescador desportivo relatou que os seus equipamentos de leitura do fundo do mar indicavam a presença de uma estrutura com 60 metros de altura e cujo ponto mais alto estaria a 40 metros de profundidade, entre as ilhas Terceira e São Miguel, nos Açores.

O relato apontava para a possível existência de uma pirâmide subaquática, que se localizaria perto do banco submarino D. João de Castro. No entanto, ontem (4 de outubro) a Marinha Portuguesa afirmou que tal estrutura não existe naquela zona.

O Instituto Hidrográfico (IH) — órgão da Marinha responsável pela cartografia hidrográfica do território português e que tem como atribuição a execução dos levantamentos da morfologia do fundo do mar (batimetria) — foi analisar os dados que tem recolhido na área onde foi reportada a pirâmide subaquática, por solicitação do Governo Regional dos Açores.

“Nos dados de profundidade do levantamento hidrográfico, realizado em 2009, não é possível confirmar a existência de tal figura geométrica, com a forma e dimensão divulgada, registrando-se apenas uma elevação submarina, semelhante a outras elevações detectadas no Banco D. João de Castro”, refere a Marinha em comunicado.

O banco D. João de Castro, cuja ponta mais alta fica a cerca de 13 metros de profundidade, é uma rota comum para os pescadores que costumam deslocar-se à procura de zonas de pesca.

Por esse motivo, o pescador desportivo fez e o levantamento batimétrico que acabou por assinalar a tal estrutura curiosa.

“Nos modelos batimétricos gerados a partir dos dados existentes no IH, não é visível qualquer estrutura com a profundidade mínima de 40 metros, registrando nessa posição [o local da suposta pirâmide subaquática] profundidades da ordem dos 540 metros. Estes dados foram recolhidos através de equipamentos de alta definição”, acrescenta a Marinha.

Um vídeo disponibilizado pela Marinha, baseado em imagens de grande resolução, permite ver com pormenor o fundo do mar na zona do banco D. João de Castro [veja aqui].



Fonte: Ciência Online
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