quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

O que irá acabar com a Terra em 2014?

A profecia maia afinal não tinha consistência. Todos os cometas e meteoritos, exceto o de Chebarkul, passaram ao lado da Terra, deixando-a intacta. Será que já podemos respirar aliviados? Era só o que faltava. Para 2014 foram-nos apresentadas logo mais duas versões para o fim do mundo...

Como já é de praxe, se trata do Apocalipse que tem as suas raízes em alguma cultura extinta há muito tempo (em 2014 chegou a vez dos antigos vikings nos assustarem com um fim próximo e inevitável), assim como de um fim do mundo "extraterrestre" (segundo vários prognósticos, no próximo ano todos os seres vivos irão perecer devido a uma nuvem ácida ou a uma nuvem de poeira cósmica, os cientistas ainda não têm certeza qual delas, vinda do centro da galáxia destruindo tudo em seu caminho). De qualquer das formas, temos de conhecer o inimigo.

Primeira versão: o Ragnarok. 22 de fevereiro de 2014

Apresentamos o relato do culturólogo Vadim Scherbakov:

"O dia 22 de fevereiro de 2014 não será em nada diferente de todos os dias anteriores e posteriores. A mídia tenta criar em torno dessa data o mesmo frenesim que houve a propósito da "profecia maia". Na realidade, os mitos do Ragnarok, que é frequentemente traduzido como o "fim dos deuses", não tem qualquer referência a uma data específica. Além disso, mesmo que levemos em consideração os acontecimentos que antecedem o fim do mundo germano-escandinavo e os compararmos com os atuais, será evidente que isso não passa de uma especulação. Nas compilações de canções antigas islandesas sobre deuses e heróis da mitologia escandinava Edda Maior e Edda Menor se fala de Fimbulvinter, um "inverno gigante" que dura três anos e que deverá anteceder o Ragnarok. Contudo, todos nós já reparámos que nos últimos três anos ainda tivemos uma mudança das estações..."

Pelo menos na Rússia este ano, tal como, aliás, no ano passado e no ano anterior, houve verão. Portanto, em princípio não devemos temer o Ragnarok. Se bem que, quem sabe? Talvez haja países onde as pessoas não puderam desfrutar de dias quentes em julho e que estejam mais ameaçados que nós…

Segunda versão: nuvem ácida mortífera. 1 de junho de 2014

Quando uma nuvem ácida gigante com um tamanho de 16 milhões de quilômetros, criada por um buraco negro e que se aproxima vinda do centro da galáxia, segundo dados do observatório norte-americano Chandra X-ray Observatory ela irá atingir-nos já em 1 de junho de 2014 e destruir toda a nossa civilização. De uma forma incrível, os cientistas americanos determinaram que essa "nuvem" destrói tudo em seu caminho: planetas, estrelas e asteroides. Ou seja, dela não existe salvação possível. São estas as nossas brilhantes perspectivas. A crer nas informações desse observatório, a velocidade dessa "nuvem" é igual à velocidade da luz. No fundo, nós nem teremos tempo de nos assustarmos e nem iremos perceber que já estamos mortos. Mas os cientistas russos não acreditam nessa perspectiva.

O astrofísico Mikhail Odintsov afirmou à Voz da Rússia com toda a confiança:

"Para ser exato, tenho de referir que o observatório Chandra fez a sua descoberta ainda em 2005. Nessa altura eles informaram realmente que tinha havido uma descarga gigante de matéria de um buraco negro supermaciço, a única a ser registada em toda a história das observações. Mas aqui acabam os fatos. A descarga ocorreu no conglomerado de galáxias MS 0735+7421 que se encontra a 2,5 bilhões de anos-luz. Mesmo se supormos teoricamente que a nuvem ácida pode se deslocar à velocidade da luz, o que é impossível por ter massa e outros fatores que não lhe permitem desenvolver essas velocidades, essa nuvem iria alcançar-nos num futuro muito, muito longínquo. É que o ano-luz corresponde aproximadamente a dez trilhões de quilômetros. Agora multipliquem a distância de 10.000.000.000.000 quilômetros por 2.500.000.000 anos-luz e obterão o momento em que a "nuvem" irá nos atingir."

Portanto, até ao início de junho ela não conseguirá chegar até nós... Mas todo o mundo espera com impaciência a realização de uma das profecias, seja ela científica ou mitológica. Não se pode estar sempre prometendo e não cumprindo. Ou então nós deixaremos de acreditar em qualquer notícia que apareça sobre o fim do mundo.

A batalha de Odin com o lobo Fenrir é o evento central do Ragnarök

Fonte: Voz da Rússia
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