Uma presa de mamute de quase oito metros de comprimento foi encontrada esta semana em uma construção em Seattle, nos Estados Unidos e, segundo paleontólogos, pode ser o maior e mais intacto fóssil da espécie já descoberto na região.
Cientistas do Museu Burke de História Nacional, da Universidade de Washington, dizem que o fóssil tem por volta de 16 mil anos.
A presa do mamute foi encontrada a quase 25 metros de profundidade em relação ao nível da rua. Os paleontólogos querem prosseguir com as escavações para tentar encontrar mais ossos do animal.
Os mamutes foram extintos há cerca de 10 mil anos. Animais mamíferos da família Elephantidae, a mesma dos atuais elefantes, chegavam a ter quatro metros de altura, e viveram na América do Norte, Europa e Ásia.
"Encontrar uma presa ou qualquer parte desses animais é raro", disse Jack Horner, do Museu das Rochosas da Universidade do Estado de Montana.
Segundo ele, os ossos encontrados em locais de construção são destruídos pelas obras antes mesmo de alguma pessoa perceber do que se trata.
A preservação dos ossos e dentes depende de condições ambientais, tais como o lençol freático, a acidez do solo e a profundidade onde o objeto foi sepultado.
Nos Estados Unidos, peças paleontológicas são de propriedade do dono do terreno onde o fóssil foi encontrado.
O dono pode vender, destruir ou doar o fóssil encontrado. No caso da presa deste mamute, no entanto, o proprietário do terreno decidiu doá-lo ao museu da universidade.
"As crianças vão poder saber que mamutes viviam em Seattle", disse Horner. "O valor de um fóssil é educativo, não é uma coisa que alguém possa vender na internet."
A obra foi paralisada para que paleontólogos e estudantes de pós-graduação possam cavar com cuidado ao redor da presa. O diretor da AMLI Residencial, Scott Koppelman, disse que a descoberta vai atrasar a obra, mas que o valor educativo compensa.
"A escavação vai nos causar algum atraso da construção, mas os benefícios científicos e educacionais desta descoberta superam claramente os custos e o atraso", disse Koppelman. "Esta é uma descoberta excitante para nossa história."
Fonte: G1